Por Luciano Faraco
Por que alguns mercados imobiliários no mundo têm alto crescimento como Dublin, Sydney, Miami e Londres e outros como Moscou, São Paulo e Buenos Aires ocorre o inverso? A resposta é simples e direta: queda na geração de riqueza do País. No caso especifico do Brasil, a falta crescente de expectativa de melhora inibe qualquer chance de retomada. No entanto, bastaria uma mudança de expectativa, uma alteração no viés de negativo para positivo para fazer uma enorme mudança. Com exceção de alguns nichos e regiões específicas, não temos um excesso de oferta na média brasileira. Não falta demanda, pelo contrário, estamos passando por uma demanda “retraída”, o que é bem diferente: com baixíssima confiança, é evidente que nosso comportamento se retrai. Com aproximadamente 10% de crédito imobiliário sobre o PIB, falar em bolha imobiliária é quase um desaforo. O remédio para o Brasil nem começou a ser aplicado, há muito a se fazer. O “paciente” está na UTI e não deram nem anestesia ainda. Mas isso vai passar, o paciente é forte e vai se recuperar, a inflação e os juros em algum momento irão baixar, o crédito vai voltar e, neste momento, você vai querer voltar a investir em imóveis. No entanto, menos gente comprando, cria uma oferta maior e momentânea, quem precisa realizar, vai vender mais barato e torna esse momento bastante interessante para ganhar posição em seu portfólio de investimentos e/ou uso pessoal.
Afinal, alguém em plena consciência imaginaria uma vaga de carro por quase R$ 2 milhões?
Leia a matéria sobre a venda de uma vaga de estacionamento em Londres aqui: bitly.com/VagaLondres
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